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SÃO PAULO – O mercado deve distribuir cartões de crédito, mas também investir em programas de recompensa e de serviços para aumentar o uso do plástico entre os consumidores, concluiu uma pesquisa realizada pela empresa CVA Solutions.
De acordo com os dados, para quem tem renda alta, é comum receber ofertas de cartões sem anuidade e ainda ter à disposição um programa de recompensas amplo. Para aqueles de baixa renda, por sua vez, as opções são restritas.
Porém, com a consolidação do mercado bancário, a disputa por cliente está cada vez mais acirrada e o cartão se tornou um instrumento de atratividade, já que pode ser oferecido até mesmo a não correntistas, o que permite que o banco prospecte potenciais clientes e ofereça vantagens que possam atrair novos correntistas e investidores.
“Pensando em atratividade, o banco precisa espalhar cartões, para conquistar possíveis clientes e atrai-los. Para melhorar o valor percebido de seus clientes e retê-los, precisa oferecer vantagens, como isenção de anuidade e programas de recompensas”, avaliou o diretor da CVA Solutions, Sandro Cimatti.
Valor percebido
O banco deve investir em atratividade, mas também em um bom valor percebido pelos seus clientes. Na pesquisa, o melhor valor percebido apareceu para os emissores Unibanco, Santander e Caixa Econômica Federal, bem como para as bandeiras American Express e Hipercard.
“O consumidor, alvo da disputa do mercado, recebe propostas para a contratação de novos cartões e deve negociar o aumento das vantagens oferecidas antes de se tornar cliente daquele cartão de crédito”, afirmou Cimatti.
Em uma avaliação dos consumidores sobre 16 setores econômicos, o de cartão de crédito recebeu nota 7,21 e ficou mais bem posicionado do que o de bancos, telefonia e provedor de internet, mas abaixo de seguro de automóvel, supermercado e hotéis. Eletrodomésticos tiveram a melhor nota (9,28%) e planos de saúde, a pior (6,27%).
Perfil do usuário
A pesquisa foi realizada pela internet com mais de 9,9 mil usuários, de 20 emissores de cartão de crédito e seis bandeiras.
Os dados mostraram que as pessoas possuem, em média 2,25 cartões e que 61% dos usuários de plástico consultados têm renda entre R$ 700 e R$ 3.999.
Em 62% dos casos, a idade do portadores está entre 30 e 54 anos. Mais da metade dos usuários de cartão é homem (57%) e tem escolaridade entre segundo grau e pós-graduação incompleta (78%).
