
Técnico da GVT: nos quesitos telefonia fixa e internet banda larga, operadora é que tem a marca mais forte
LUÍSA MELO
São Paulo – Vender combos de banda larga, telefone fixo e TV por assinatura está cada vez mais difícil para as operadoras.
É o que aponta uma pesquisa da consultoria CVA Solutions, divulgada com exclusividade por EXAME.com.
De acordo com o levantamento, em 2014, a fatia de consumidores que assinavam todos esses serviços juntos era de 34,5%. No ano passado, caiu para 33,3% e, neste ano, chegou a 24,1%.
Por outro lado, cresceu a parcela dos que querem apenas a internet fixa. Há dois anos, ela era de 17,4%, passou para 21,4% no ano passado e agora está em 31%.
Segundo Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA, a redução do interesse pelos pacotes é resultado da combinação da crise econômica com a consolidação de serviços de streaming como o da Netflix.
“Já a procura por telefones fixos está em queda expressiva. Eles só se sustentam dentro dos combos”, diz.
Conforme os dados colhidos, dos assinantes de TV por assinatura, 32,8% dizem que costumam ver filmes também pela Netflix (16,5% preferem o serviço de streaming, inclusive).
A pesquisa mostra também que 23,8% já tiveram telefone fixo, mas cancelaram o serviço e que 11,5% trocaram a TV por assinatura pela Netflix.
Para todas as modalidades, os clientes pesquisados se queixaram principalmente de três pontos: a queda de sinal, o atendimento ao cliente insatisfatório e a velocidade da conexão abaixo da contratada.
“Diminuiu o nível de problemas com os serviços, mas aumentou a insatisfação com os custos. Isso está abrindo espaço para as operadoras de internet pequenas”, afirma Cimetti.
Entre os pesquisados, o gasto médio é de 120 reais com os planos de banda larga, de 126 reais com telefone fixo e de 139 reais com TV por assinatura.
Sem limites
O estudo revela ainda que os clientes rejeitam a ideia de ter planos de internet fixa com quantidade restrita de dados para trafegar.
A medida está em estudo pelas operadoras – por enquanto, o consumidor paga um valor pré-acordado por mês e pode navegar à vontade a uma determinada velocidade.
A grande maioria (74%) dos ouvidos disse que trocará de fornecedor se sua operadora decidir instituir o limite.
As próximas alterativas mais adotadas seriam usar a internet do celular (citada por 11,3%), contratar um plano com maior franquia de dados (11,1%) e reduzir o consumo (7,5%).
Foram entrevistados 4.387 assinantes de internet banda larga, 4.036 de telefone fixo e 4.502 de TV por assinatura.
Abaixo, veja como os consumidores avaliam as principais empresas do mercado, dentro de cada serviço oferecido:








